Cerca de 3 mil toneladas de lixo já foram retiradas dos canais e córregos de Feira em 2024

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Cerca de 3 mil toneladas de lixo já foram retiradas dos canais e córregos de Feira em 2024

Sofás, geladeiras, televisão, pneus estão entre materiais retirados. 

Foto: Valdenir Lima

A Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Feira de Santana, por meio da Superintendência de Operações e Manutenção (Soma), já recolheu de janeiro a maio deste ano aproximadamente 3 mil toneladas de lixo, entulhos e materiais inservíveis de todo tipo dos córregos e canais do município.

Em entrevista ao Folha do Estado, o superintendente da Soma, João Vianney, informou que é comum as equipes retirarem dos canais e córregos, além do lixo doméstico, outros itens como sofás, geladeiras, televisão, uma grande quantidade de pneus, blocos de construção e materiais de demolição.

"São condições extremas e quando você associa isso a toda a camada orgânica que vem, vai gerando restrições, perda de vazão, e isso tudo contribui e compromete gerando efeitos na microdrenagem da cidade", alertou.

De acordo com João Vianney, devido à grande demanda de trabalho, a limpeza dos córregos e canais de microdrenagem de Feira de Santana passou a ser atribuição da Soma, em parceria com a Sesp, que continua responsável pela manutenção dos canais de macrodrenagem da cidade.

Segundo ele, no total, a Soma possui mais de 30 equipes dedicadas à recuperação do pavimento, drenagem, limpeza, entre outros serviços.

"Nós temos o trabalho em conjunto com a Sesp de limpeza desses córregos e canais. Temos hoje atuando duas escavadeiras hidráulicas. E no período das chuvas, tivemos um reforço com quatro escavadeiras fazendo a limpeza. Então, é um serviço que já é recorrente, constante pela Sesp e a Soma. E após aquelas condições de chuvas, nós também entramos fazendo uma série de ações", explicou.

Plano de drenagem

Conforme o superintendente da Soma, existe um plano de drenagem no município que traz várias considerações sobre os serviços de macrodrenagem dos canais, córregos e lagoas.

"Nós temos agora um trabalho atuando, por exemplo, no Papagaio, na condição da Rubens Francisco, no Parque Linear. Estamos fazendo o reforço de um trecho da rede, que associado à limpeza dá condição de uma vazão maior. Fizemos a primeira etapa da limpeza da Lagoa do Prato Raso e já temos um estudo para uma fase subsequente, feito em conjunto com a Caixa para toda a urbanização da Lagoa do Prato Raso, mas por uma questão de restrição de recursos, fizemos uma primeira etapa e estamos planejando uma segunda", informou.

João Vianney salientou que, nos últimos meses, equipes atuaram ainda em outros locais da cidade, que também são considerados pontos críticos.

"Estamos com um projeto na região do Campo Limpo, com toda uma definição da delimitação das microbacias, da rede, o projeto executivo já elaborado. Temos também a região do Exército, a Bacia do Subaé, um trabalho já previsto na Rua Mercante que é uma situação localizada e crítica, associado a toda a limpeza do canal que foi feita até a parte posterior à rede da Embasa. Naquelas chuvas de fevereiro e março, tivemos obstruções severas em vários pontos, por exemplo no Três Riachos, onde houve uma obstrução do canal, que gerou uma retenção muito grande e afetou a Morada do Sol, a Rua Nova, associada a uma vazão excessiva, então em virtude de todos os problemas que tivemos pós-chuvas", elencou.

De acordo com Vianney, vários segmentos de drenagem foram frutos de intervenção e limpeza. No entanto, há locais, como a Avenida de Canal que sempre possuem obstruções severas.

"Nós temos uma obstrução severa, por exemplo, ali na Tomé de Souza, na região do Feira IV, na Rua Nova. Para se ter uma ideia, a Avenida de Canal recebe uma contribuição muito grande do Campo Limpo, a Baraúnas contribui e sofre com os efeitos dali, a região da Coronel José Pinto, próximo ao shopping, contribui também para essa região, e o centro da cidade tem sua drenagem hoje toda destinada para lá, então é uma bacia muito grande e o canal após a Tomé de Souza tem um nível de ocupação muito grande, tem os estrangulamentos das passagens que foram criadas ao longo do tempo, então é uma série de fatores que comprometem a vazão e toda a extensão", esclareceu.

Rua Tupinambás

Em virtude das chuvas do mês de abril, uma parte do asfalto cedeu na Rua Tupinambás, no bairro Mangabeira, próximo à Igreja Universal do Reino de Deus, gerando uma série de riscos tanto para motoristas, moradores e pedestres naquele local. A via liga diversos bairros à região Norte de Feira de Santana, com trânsito intenso em diversos períodos do dia.

Questionado sobre as ações realizadas pela Soma para solucionar os problemas da via, o superintendente João Vianney informou que as equipes do órgão já estão realizando um trabalho de contenção no asfalto, para garantir também a vazão das águas.

"A situação da Tupinambá próximo à Igreja Universal foi um problema gerado pela dificuldade de escoamento da água pluvial, o que gerou a erosão e fragilizou a pista. Nós estamos fazendo uma contenção e garantindo a condição da vazão a jusante", relatou.

Ele destacou também que outro trecho de preocupação é a ligação da Tupinambás com a Avenida Iguatemi, que está interditado para obras após as chuvas.

"Temos um projeto de engenharia já totalmente definido para aquele ponto, para que seja implantada uma rede que tenha uma vazão adequada já que a Lagoa do Chico Maia recebe Parque Ipê, Alto do Papagaio, e além disso, a lagoa está muito assoreada, então temos todo um estudo já previsto e estamos ali atuando agora com uma intervenção para garantir uma mínima vazão até que esse projeto definitivo seja executado." 


*Com informações do repórter Mário Sepúlveda.

 

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